Hoje é 1º de maio, Dia Internacional das Trabalhadoras e dos Trabalhadores, data instituída para resgatar o histórico de luta da classe trabalhadora pelos seus direitos.
E o SINASEFE, nesta data, está justamente lutando pelos direitos de técnico-administrativas(os) e docentes da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, em greve desde 3 de abril por recomposição salarial, reestruturação de carreiras e “revogaço” de medidas anti-serviço público (aprovadas nos Governos de Michel Temer e Jair Bolsonaro).
Desde 1886, o 1º de maio representa que as(os) trabalhadoras(es) das áreas mais diversas, de todas as categorias, lutam por um mundo melhor, mais justo e sem exploração. Por isso que essa data se tornou um marco histórico da luta da classe trabalhadora.
A luta das(os) trabalhadoras(es) do serviço público não é só uma luta corporativa, é também uma luta para garantir acesso à saúde, à educação, ao transporte, à ciência, ao lazer, à moradia e à segurança para toda a população. Por isso que nossa greve reivindica, também, a recomposição dos orçamentos da Rede Federal de Ensino – para que Institutos Federais, Cefets, Colégio Pedro II, Instituto Nacional de Educação de Surdos, Instituto Benjamin Constant, Colégios e Escolas subordinadas e/ou vinculadas ao Ministério da Defesa possam ofertar uma Educação Pública de Qualidade para a população brasileira!
É por isso que neste 1º de maio, infelizmente, não poderemos deixar de lamentar que o Governo Lula, eleito com o discurso de valorizar a Educação, trate ainda com descaso a nossa greve, que chega ao seu 29º dia sem um horizonte de se encerrar diante da falta de propostas compatíveis com as demandas da categoria.
Se Educação é prioridade e investimento, valorizar as(os) técnico-administrativas(os) e docentes que fazem o ensino público deveria ser uma pauta essencial ao Governo Lula. Mas, ao invés disso, o Governo responde as reivindicações dos trabalhadores de maneira ultrajante.
- Técnico-administrativas(os) têm perdas de 34,32% entre 2016 e 2022.
- Professoras(es) federais têm perdas de 22,71% entre 2016 e 2022.
O próprio Governo Federal reconhece esses índices acima. Mas o que ele faz? Propõe 9% para 2025, 3,5% para 2026 e zero para 2024, consolidando mais um ano de arrocho e congelamento.
Celebramos o Dia das(os) Trabalhadoras(es) por nos orgulharmos de fazer parte da classe que tudo produz e a ela tudo deveria pertencer: a classe trabalhadora. Mas a celebração é feita com luta: cobramos do Governo valorização e o atendimento às pautas da nossa greve. Não há Educação sem as(os) trabalhadoras(es) da Educação!