Nos últimos anos, os Institutos Federais e as universidades públicas brasileiras têm enfrentado uma onda de ataques políticos, morais, econômicos e jurídicos, promovida por setores influentes da sociedade. Figuras poderosas, ocupando posições estratégicas, têm direcionado suas decisões contra o conhecimento, transformando a educação pública em alvo de uma campanha sistemática de desvalorização.
Essa ofensiva assume diversas formas: da criação de estereótipos que desqualificam servidores públicos e estudantes à realização de “debates” que ridicularizam a ciência e a educação pública, chegando ao extremo de propor o fechamento ou a suposta “recuperação” dessas instituições.
Por trás dessas ações, evidencia-se uma campanha deliberada contra o conhecimento científico, com o objetivo de promover a ignorância e uma educação excludente, que remete à lógica colonial da “casa-grande”, onde apenas uma elite tinha acesso à instrução.
Esses ataques combinam violências físicas e simbólicas contra aqueles que trabalham ou estudam nos Institutos Federais e universidades. Movimentos como “Escola sem Partido” e propostas de “resgate” das universidades mascaram um propósito claro: deslegitimar o conhecimento, restringir o acesso universal à educação e valorizar posturas messiânicas que associam o sucesso financeiro a verdades absolutas, frequentemente ancoradas em discursos religiosos.
Apesar da adesão de parte da sociedade a essas narrativas, é fundamental ressaltar que os espaços de produção científica no Brasil são reconhecidos mundialmente, com contribuições contínuas para o avanço do conhecimento e o bem-estar social.
Chegou o momento de reverter essa campanha de ódio ao conhecimento. É hora de defender a educação pública, gratuita e de qualidade como um direito de todos e um pilar do desenvolvimento nacional.
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Ascom