Escala 6×1: jornada de trabalho ou resquício da escravidão moderna?

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A vida para o trabalhador nunca foi fácil. Pelo texto constitucional, o salário mínimo deveria ser um instrumento para assegurar moradia digna, alimentação, saúde, lazer, dentre outros itens essenciais de sobrevivência. Na prática, o assalariado moderno faz “das tripas coração” para conseguir honrar os boletos e ainda conseguir se alimentar.

Lazer é palavra quase inexistente na prática do trabalhador brasileiro; convivência em família, uma raridade que dificilmente acontece. A exploração laboral captura tudo e todos: falta tempo, falta dinheiro, sobra adoecimento e cobranças por produtividade, planilhas e horas extras.

Nesse cenário, a discussão do fim da jornada 6 x 1 é uma questão essencial para a sobrevivência do próprio trabalhador.

Que se conceda mais dignidade, para que as pessoas possam conviver com seus familiares e, minimamente, ter mais algumas horas de lazer e descanso. Desconhecer a importância dessa pauta é negar a necessária humanidade que tem faltado nas relações sociais e pessoais.

Noutros países que adotaram a redução da jornada de trabalho, as experiências estão se mostrando positivas e sem danos estruturais, como propagam os personagens resistentes à mencionada proposta.

O esgotamento do trabalhador não pode ser a regra. A vida não pode ser resumida ao trabalho, que cada vez mais se insere na rotina de todos. A máxima da exploração acima de tudo não possui sintonia com o atual cenário mundial.

A Seção Sindical é favorável ao fim da escala 6 x 1, de forma que o trabalhador possa usufruir da devida dignidade humana.

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Ascom