Fim da Greve no IFSertãoPE; decisão ocorre após Governo Federal sinalizar assinatura de proposta da categoria

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As atividades administrativas retomarão em 3 de julho, enquanto o retorno às aulas será determinado individualmente por cada campus

Em Assembleia Geral realizada na manhã de hoje (27), servidoras e servidores do IFSertãoPE votaram pelo encerramento da greve, iniciada em 10 de abril. A decisão foi tomada após o Governo Lula agendar, para a tarde desta quinta-feira, logo mais às 17h, um ato de assinatura dos termos de acordo para técnico-administrativos e docentes da Rede Federal de Educação. O ato será trasnmitido ao vivo no Canal do SINASEFE no Youtube.

A decisão de hoje engloba todos os campi da instituição. Os resultados da votação foram 306 votos a favor do término da greve, 19 votos contrários e 12 abstenções. As atividades administrativas retomarão em 3 de julho, enquanto o retorno às aulas será determinado individualmente por cada campus.

Na última assembleia, realizada no dia 19 de junho, os professores e técnico-administrativos da instituição decidiram aprovar as propostas feitas pelo Governo Federal, mas votaram a favor de manter a greve até a assinatura do acordo. Ao todo, a decisão contou com 221 votos favoráveis, 211 contra a permanência da greve e seis abstenções. As propostas aceitas pelas categorias foram apresentadas e negociadas ao longo deste mês.

Conquistas

Durante a greve, TAEs conquistaram dois aumentos salariais:

– 9% em janeiro de 2025.
– 5% em abril de 2026.

Além disso, foi acordado um compromisso de melhorias nas remunerações por progressão de carreira e a criação, em 2026, do Reconhecimento de Saberes e Competências (RSC), que beneficia os profissionais conforme suas titulações acadêmicas.

Para os professoras/es, foram estabelecidos reajustes salariais para os anos de 2025 e 2026, variando de acordo com cada classe profissional. Outras conquistas incluem:

– Revogação da portaria de 2020 que aumentava a carga horária mínima semanal dos professores das unidades de ensino básico, técnico e tecnológico.
– Recomposição parcial do orçamento das instituições federais.
– Revogação da portaria nº 983/2020 do MEC, que estabelecia carga horária mínima de 15 horas semanais de aula para professores das escolas técnicas.
– Revogação da Instrução Normativa nº 6 de 2022, que limitava a progressão funcional dos servidores.
– Destinação de 5.600 bolsas de permanência para estudantes quilombolas e indígenas.
– Implementação de reajuste de benefícios como auxílio alimentação, saúde suplementar e creche.
– Aumento do reajuste linear de 9,2% para 12,8%, sendo 9% em janeiro de 2025 e 3,5% em maio de 2026.

Embora a reivindicação de reajuste para 2024 não tenha sido atendida, os grevistas conseguiram importantes avanços para os próximos anos, incluindo melhorias salariais significativas e condições de trabalho mais favoráveis.