Prezados(as) Servidores(as)!

Passado o período eleitoral, de exercício e defesa da democracia, agora é momento de união, independente das legítimas posições individuais que nos conduziram às urnas em todo o país. É momento de fortalecimento e adesão à luta organizada e institucionalizada da classe trabalhadora. É momento de consolidar os Sindicatos. Inúmeras já são as ameaças e os ataques ao servidor e ao próprio serviço público, com o aumento do conservadorismo no Congresso Nacional, o Projeto Escola sem Partido, o Fim da Estabilidade do Servidor, a Reforma da Previdência, as Privatizações de empresas estatais e a Criminalização dos Movimentos Sociais.

O que se tem como perspectiva para os próximos anos é a diminuição do tamanho do Estado e, por consequente, a diminuição da cobertura de proteção social dos cidadãos. É a possibilidade de direitos conquistados historicamente serem transformados em serviços privados e minorias sociais serem cada vez mais colocadas às margens das políticas públicas, ou até ignoradas destas. Precisamos defender o serviço público, a Rede Federal e a educação democrática.

Não resta dúvidas que somos um dos alvos dos ataques do governo que assumirá em janeiro de 2019 e, portanto, temos a necessidade de nos juntarmos para organizar nossas ações de resistência. É necessário estabelecer um movimento de diálogo com a comunidade acadêmica, servidores/as efetivos/as, substitutos/as e terceirizados/as, além dos/as estudantes (trabalhadores/as em formação). É tempo de união. A história nos tem ensinado que, em contextos de opressão aos trabalhadores e aos movimentos sociais, necessitamos seguir de mãos dadas. Quando o Estado reconhece movimentos de classe como ameaças, ele não representa a soberania popular, mas de frações de classe.

Nesse contexto, os Sindicatos precisam, e devem, ser reconhecidos como formas estratégicas de proteção dos trabalhadores, e não “diminuídos e acabados”, como declarou em fevereiro deste ano o hoje presidente eleito, Jair Bolsonaro. O sindicato não “é uma desgraça no Brasil”, como afirmou ele. O sindicato é, sim, um instrumento de luta e defesa do povo trabalhador, que negocia a manutenção das conquistas, a ampliação dos direitos e a dignidade no ambiente de trabalho.

Portanto, o momento atual requer discernimento, organização e fortalecimento. Permaneçamos filiados(as)! Filiem-se! A Assessoria Jurídica do Sinasefe IF Sertão-PE e do Sinasefe Nacional estão à disposição de vocês.

E, para além da esfera jurídica, é preciso sempre se importar, lutar e resistir!

Petrolina-PE, 06 de novembro de 2018
DIRETORIA EXECUTIVA DO SINASEFE IF SERTÃO-PE

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