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1º de Maio: Um dia de luta das trabalhadoras e trabalhadores

1º de Maio: Um dia de luta das trabalhadoras e trabalhadores

Publicado em 01/05/2019 às 15:37

Neste primeiro de maio, há mais de 13 milhões de desempregados/as, no Brasil, além de mais de 30 milhões de trabalhadores/as sem carteira assinada. Aplicativos como Uber e Ifood representam a fonte de renda de cerca de 4 milhões de trabalhadores/as. Tudo isso significa redução de acesso aos direitos trabalhistas, jornadas de trabalho exaustivas e ampliação da precarização. Enquanto isso, o governo federal pretende legitimar essa precarização, dificultando a abertura de concursos públicos, proibindo desconto das mensalidades sindicais em folha de pagamento (como forma de minar a atuação dos sindicatos) e instituindo a carteira verde e amarela, reduzindo cada vez mais os direitos trabalhistas, duramente conquistados.


Além de acabar com a política de valorização do salário mínimo, cujo valor de R$ 998,00 está muito aquém do ideal, calculado pelo DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) que, em março seria de R$ 4.277.00, para garantir uma vida digna a uma família de quatro pessoas. Além desse cenário desolador, 6 milhões de famílias não têm moradia, os serviços públicos estão sucateados, particularmente após o congelamento dos investimentos públicos, por 20 anos, numa manobra do governo Temer, alterando a Constituição Federal, para asfixiar os sistemas de saúde, educação e assistência social.


O atual governo segue como lacaio de banqueiros e grandes empresários, no sentido de aprofundar a opressão e exploração sobre os/as trabalhadores/as, tentando, de todas as maneiras, aprovar uma reforma da previdência que minimiza benefícios e proventos, aumenta o tempo de contribuição e idade mínima para aposentadoria, e pretende impor um sistema de capitalização, cuja implantação em outros países significou a impossibilidade de pagamento integral das aposentadorias e/ou trabalhar até a morte sem conseguir a aposentadoria e o aumento do número de suicídios entre idosos/as, como é o caso do Chile.

Além disso, defendem a ideia falaciosa, propagada nos diversos meios de comunicação, de que os cortes nos investimentos públicos, a reforma da previdência e a destruição da legislação trabalhista são necessários para conter a crise, condenando greves e outras estratégias de luta dos/as trabalhadores/as como ações irresponsáveis.

Mas, na verdade, o congelamento dos investimentos nos serviços públicos por vinte anos, do governo Temer, sufocando os sistemas de saúde, assistência social e educação, e a aceleração das privatizações de empresas, estratégicas e lucrativas, no atual governo, permitiu que destinasse bilhões para pagamento dos juros da dívida pública, garantindo o lucro de banqueiros e empresários, às custas dos/as trabalhadores/as. Para onde você acha que vão os trilhões que o governo Bolsonaro diz que pretende economizar?


Esse governo atenta contra o pensamento livre e, recentemente, atacou as universidades federais, covardemente, ao cortar 30 % dos recursos destinados à UFF, UFBA e UnB (instituições de excelência reconhecida nas avaliações oficiais), como forma de retaliação por atos políticos (legítimos) contra o governo. E promete estender esse corte às demais universidades e institutos federais, no segundo semestre, caso a reforma não seja aprovada, usando claramente de ameaças e chantagens para fazer valer seus propósitos de ampliação da opressão e exploração da classe trabalhadora, calar a oposição e destruir a educação pública, para que a educação seja apenas mercadoria, num filão de mercado a ser fatiado por empresários da “Educação” privada.


Apesar dos ataques, precisamos relembrar os que vieram antes de nós e nos fizeram perceber que essa data representa, acima de tudo, luta. Por isso, iremos sempre nos lembrar, resistir e vencer. Vamos reagir! Vamos fortalecer o sindicato! Construir coletivamente a nossa força, através de fóruns de mobilização, para conscientização da classe trabalhadora, para ampliar os debates, construir as alternativas de luta, para conter a reforma da previdência e defender nossos interesses de classe! Diretoria Executiva do Sinasefe IF Sertão-PE Petrolina-PE - 1º de Maio de 2019



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